Informação X Formação

Ontem a noite enquanto assistia a novela aproveitei para folhear a revista GALILEU. Era um olho na tv e outro na revista… Como a novela das 8h que começa as 9h está no início de sua trama, não tem toda aquela emoção assisti-la agora, vou deixar para me apegar à história só nos últimos capítulos…. E como a revista chegou ontem, fiquei ansioso por lê-la.

Gosto muito de ler revistas, ainda mais aquelas cheias de informações rápidas e curiosidades, como já falei lá estava eu dando uma bisbilhotada na GALILEU deste mês, o mais interessante nisso tudo é que eu nunca sigo uma sequência muito lógica ao folhear revistas e jornais, começo no final, paro no meio, pulo um monte de páginas, muitas vezes paro atraído pelo colorido das figuras… Até que quase de bobeira parei numa página toda amarela, sabe aquelas páginas cheias de letrinhas com alguém emitindo sua opinião no final das revistas? Essa mesmo…. Foi ali que parei um pouquinho para ler algo muito interessante, já meio cansado confesso, mas muito intrigante.

O artigo dizia o seguinte em letras garrafais “AS REDES SOCIAIS INFANTILIZAM O CÉREBRO” como trabalho quase que diariamente com crianças e adolescentes resolvi ler o artigo. Não quero entrar no mérito da discussão sobre o uso das redes sociais e nem nos meios de informãção da web, até por que quem entende muito bem do assunto é meu camarada Rodrigo que também posta por aqui. Quero trazer a fala de Susan Geenfield (Neurocientista da Universidade de Oxford e diretora da Royal Institution da Grã-Bretanha) ela disse o seguinte: A internet está mudando nossa forma de pensar. temos acesso imediato a fatos, mas sem, necessariamente, ter uma estrutura conceitual que os ligue. Os fatos não se tornam “conhecimento”. Vivemos a era da informação em grande quantidade e velocidade, porém ainda precisamos de tempo para ligar os fatos e interpretá-los, pois isso é que gera conhecimento.

Daí podemos entender a grande dificuldade da nossa juventude e por que não de nós adultos? em muitas vezes não conseguir explicar ou argumentar sobre algum acontecimento político, ambiental, religioso e social. No meio das rodinhas de conversa dificilmente abordamos temas delicados para conversar, porquê? Muitas vezes nos faltam argumentos, e assim evitamos falar do assunto para fugir do problema.

Faça um teste: quantas vezes você conversou seriamente com seus amigos sobre a liberação da maconha? Ou quem sabe a legalização do aborto? Complicado né? Pois é, até sabemos que o tema está sendo discutido em algum lugar, mas o que sabemos é muito superficial… sabemos que ao comer uma maçã estamos ingerindo 153 calorias, mas o que realmente significa caloria?

GALERA!!!!!!!!!!! VAMOS ALÉM DOS RESUMINHOS DAS NOTÍCIAS, CLIQUEM NELAS E APROFUNDEM SEUS CONHECIMENTOS.

Confesso a vocês que nós do Centro Social Marista também temos nossa parcela de culpa, é só olhar para o layout do nosso blog e ver que ele está cheio de links que podem levar você a obter informações interessantes, mas e a formação? Só se você clicar e ler o artigo, aliás não só isso, a formação se dá na interpretação dos fatos lidos, ou seja além de ler ou ver é importante que você tenha um tempinho também para processar aquela informação e transformá-la em conhecimento que agrega valor a sua opinião diante dos fatos da nossa vida.

Veja só:

twitter

A nova (se é que podemos chamar de nova na era da informação) grande rede social TWITTER busca em 140 caracteres resumir fatos que acontecem no momento, agora faça seu exame de consciência e se pergunte: Quantas vezes você clicou no links deixados pelos “twitteiros” em busca de informações que ultrapaçam 140 letrinhas….

Abaixo deixo o link com um estudo sobre o que é mais escrito no twitter, vale a pena conferir.

O que as pessoas escrevem no twitter

Amigos, não estou aqui para dar lição de moral em ninguém viu? Não sei se você percebeu, mas escrevi no inicio do post que também gosto de revistas com informações curtinhas… é…. a quantidade de informação gerada atualmente é tão grande que ficamos malucos serss_2 não acessamos nosso email ou se não olhamos as notícias de última  hora nos portais da web, mas mesmo assim, não dispense uma boa  leitura diária, um livro de cabeceira é sempre útil por gerar uma bela formação ou para ajudar a desligarmos das correrias do mundo e dormirmos um pouquinho.

Pra terminar um desafio, se você leu este artigo por completo deixe seu comentário aí e expresse sua opinião, assim geramos formação em conjunto.

Um abraço amigo!

Luciano Petry

Projeto de Vida: para jovens que querem mais

Acredito que se você clicou no link para ler este post é por que algo lhe provocou, confesso que a idéia do título não é minha, mas sim do mestre em ciências da religião Rezende Bruno de Avelar. Acabo de ler um artigo escrito por ele no Jornal o Mundo Jovem  onde ele dá algumas dicas práticas para a elaboração de um Projeto de Vida.

Quer pensar no assunto?

Então escuta aí a linda música de Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão interpretada por Milton Nascimento.

 

“Loge se vai sonhando demais, mas onde se chega assim? Vou descobrir o que me faz sentir em caçador de mim.”

A grande dica está aí galera, na letra da música. A realização de um Projeto de Vida começa no olhar da realidade, ou seja olhar para si, buscar se conhecer para depois dar passos seguros rumo à realização pessoal.

O Projeto de Vida é essencial para todos nós, pois é um caminho cheio de escolhas que influenciarão nos rumos que daremos para nossa vida. Sua grande função é ajudar no processo de tomada de decisão, pois nele encontraremos elementos necessários para tomarmos decisões maduras e acertadas.

Se você ficou interessado e está “doidinho” pra começar a planejar acesse o link Projeto de Vida no Papel e veja mais algumas dicas importantes de como começar a materializar nossos sonhos.

Um grande abraço a todos que querem mais de sua vida!

Luciano Petry

Conviver com o Diferente em um mundo padronizado…

diferente

Acabo de ler uma entrevista com uma psicóloga mineira, onde ela fala sobre a administração das diferenças. Pra começar o título da entrevista me despertou grande interesse, dizia o seguinte: CONVIVER COM O DIFERENTE: UM DESAFIO E UMA ESCOLHA. Diariamente vou às escolas e é claro que os temas mais abordados são: CONVIVÊNCIA, DESAFIOS E ESCOLHAS.

Segundo a psicóloga Maria Aparecida Vasconcelos a convivência nos remete à necessidade primordial da raça humana de se agrupar, a busca de contato ultrapassa a ordem natural e pode acontecer por vários motivos: emocionais, profissionais, sociais…. mas sempre ligados a algum interesse, por isso que as pessoas escolhem se aproximar ou se distanciar, cabe a nós distinguir o que será mais proveitoso.

E O DIFERENTE?

Quando falamos em diferenças é inevitável que venha a “cabeça” uma suposta noção de inferioridade, ou de alguém ou algo que foge as regras e padrões consensuais… Somos fortemente marcados pela padronização de alguns valores que são muito explorados pela cultura veículada pelos meios de comunicação. Por exemplo: quando consumimos algo estamos assimilando alguns modismos, ideais, o jeito de agir, um modo de ser. E esse consumo foge às regras do materialismo, falei no inicio do post que trabalho diariamente em escolas e não há como não falar da grande febre da garotada no ronaldo momento, eis o exemplo: Em meio as explicações da aula de matemática ecoa do nada pelos quatro cantos da sala a expressão “RONALDO”! O nome de um dos maiores idolos do futebol mundial, agora se torna uma das maiores febres de 2009 nas escolas, tudo isso impulsionado pelo programa humorístico “Pânico na TV”. Até aí tudo bem, mas o simples fato de brincarmos com a expressão da moda mostra o quanto somos levados a agir pelas formas esteriotipadas produzidas pela mídia.

Somos fortemente marcados pela padronização de muitos valores, crenças e comportamentos considerados “ideais” e, portanto de uma verdade que é transmitida a todos como se fosse única, universal eTelevisão absoluta. Mas não nos esqueçamos que essa concepção de igualdade gerada pela sociedade ocidental é apenas um modo de escondermos outra realidade humana onde predomina o individualismo e a desvalorização das diferenças.

Cabe a nós exercitarmos a convivência com relações afetivas entre grupos e pessoas favorecendo e permitindo o dialogo entre as diferenças.

OBS.: Se você quiser ler a entrevista que me inspirou escrever um pouco sobre o assunto clique no link ao lado http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-08-2005.php

Um grande abraço!

Luciano Petry

Technorati Marcas: ,

Regras de Convivência

Olá Amigos do Centro Social Marista, hoje no espaço do Programa Vida Feliz quero destacar algumas instruções que nos ajudam a conviver melhor.

INSTRUÇÕES PARA TODA A VIDA


1. Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grande risco.
2. Quando você perde, não perca a lição.
3. Siga os três R's:
Respeito a si mesmo;
Respeito aos outros;
Responsabilidade por todas suas ações;
4. Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um grande lance de sorte.
5. Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais apropriada.
6. Não deixe uma disputa por questões menores ferir um grande amigo.
7. Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigí-lo.
8. Passe algum tempo sozinho todos os dias.
9. Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.
10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.
11. Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.
12. Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida.
13. Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação corrente. Não levante questões passadas.
14. Compartilhe o seu conhecimento. Esta é uma maneira de alcançar a imortalidade.
15. Seja gentil com a terra.
16. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você nunca esteve antes.
17. Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor mútuo excede o amor que cada um precisa do outro.
18. Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que abrir mão para consegui-lo.
19. Entregue-se total e irrestritamente ao amor e a cozinha.
20. Valorize o amor, a amizade, a saúde, mais que o dinheiro.


Luciano Petry
Technorati Marcas:

Ensinar x Aprender


Nunca o conhecimento se multiplicou como agora, o número de escolas se expandiu, os meios de comunicação se popularizaram e a informação chega até nós quase que instantaneamente. No século XXI esperávamos que com o uso de novas tecnologias e o acesso a educação os jovens seriam amantes da arte do saber, mas muitas vezes o que vemos são jovens desinteressados pelos livros, pela cultura, não pensam no futuro, desanimados e sem projeto de vida.
Na escola o aluno finge que aprende enquanto o professor finge que ensina. Na verdade a escola deixou de ser uma experiência agradável, o prazer em aprender foi perdido. Hoje a televisão e a internet são meios muito mais sedutores que estimulam facilmente a geração de informação, mas que raramente são utilizados para contribuir com a formação do indivíduo.
E aí? O problema é de quem? Da escola? Do aluno? Do professor? Da Família? É certo que o problema é de todos, o que deve haver é uma mudança de mentalidade, para surgir mudanças em todo o sistema. Segundo a educadora equatoriana Rosa Maria Torres é muito comum o fato de que os professores ensinem sem que haja um processo de aprendizagem, entre ensinar e aprender existe uma grande brecha e um grande desperdício entre a abundante informação que se ensina no sistema educativo e a informação que realmente é registrada, processada e aprendida pelo aluno.

Segundo ela ensinar e aprender são processos diferentes que envolvem sujeitos diferentes: um educador e um educando. Por envolver sujeitos diferentes, supõe que os métodos sejam diferentes, traduzindo: os meios que o professor utiliza para desenvolver a lição de história são diferentes dos meios que o aluno utiliza para aprender a mesma lição.

A verdade é que pode haver ensino sem aprendizagem como também pode haver aprendizagem sem ensino. Um professor pode ensinar as propriedades da soma e nenhum de seus alunos aprenderem o que ele ensina. Da mesma forma, um aluno pode aprender as propriedades da soma sem que ninguém tenha ensinado, pegando um livro e estudando por conta própria.

O objetivo final da educação é a aprendizagem e é a partir dela que se avalia o aluno, o professor e o sistema. O que importa é que os alunos aprendam, não que os professores ensinem. Nessa perspectiva, o bom professor não é o que ensina muitas coisas, mas sim aquele que consegue que seus alunos aprendam efetivamente aquilo que ensina.
image
E aí? Você concorda?
Não deixe de comentar hein?



Abraços
Luciano Petry

Technorati Marcas: ,

Programa Vida Feliz

Olá amigos do Centro Social Marista!


Essa semana quero lhes falar sobre o Programa Vida Feliz. Sabe aquele encontro que acontece anualmente na sua sala de aula? É.... esses momentos formativos fazem parte do Programa Vida Feliz, que além de realizar formações na sua escola, promove o REBU e também formação para pais e educadores.

Hoje mais de 100 mil alunos participam desse programa desenvolvido nos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O Programa oportuniza espaços e eventos educativos que contribuam para o desenvolvimento pessoal, a convivência em grupos e a cidadania participativa em parceria com unidades escolares.


Semanalmente falarei de temas abordados no Programa Vida Feliz:
A Arte de Estudar

estudar

Amizade

amizade


Caminhos e Desafios da Vida

Afetividade e Sexualidade

A Humanidade e o Humano 

Projeto de Vida

·

Direito ou Necessidade de Optar?

Abraços!

Luciano Petry

A Águia que (quase) virou Galinha

Olá amigos do Centro Social Marista, semanalmente postarei no blog alguns textos e links para compartilhar idéias interessantes com vocês. Minha missão aqui será falar de assuntos ligados ao Programa Vida Feliz e Projeto de Vida. Nesse primeiro post quero lhes contar uma história que talvez para muitos seja conhecida, mas que mesmo assim vale a pena ler.


A idéia dessa história não é minha, meu é só o jeito de contar.....


A Águia que (quase) virou galinha
(Por Rubem Alves)


Sobre um águia que foi criada num galinheiro.

E foi aprendendo sobre o jeito galináceo de ser, pensar, de ciscar a terra, de comer milho, de dormir em poleiros...

E na medida em que aprendia, ia esquecendo as poucas lembranças que lhe restavam do passado. É sempre assim: todo aprendizado exige um esquecimento... e ela desaprendeu.. cume das montanhas, os vôos nas nuvens, o frio das alturas, a vista se perdendo no horizonte, o delicioso sentimento de dignidade e liberdade...

Como não havia ninguém que lhe falasse destas coisas, e todas as galinhas cacarejassem os mesmos catecismos, ela acabou por acreditar que ela não passava de uma galinha com perturbação hormonal, tudo grande demais, aquele bico curvo, sinal certo de acromegalia, e desejava muito que o seu cocô tivesse o mesmo cheiro certo de cocô das galinhas...

Um dia apareceu por lá um homem que vivera nas montanhas e vira o vôo orgulhoso das águias.
“Que é que você faz aqui?” ele perguntou.

“Este é o meu lugar”, ela respondeu. “Todo mundo sabe que as galinhas vivem em galinheiros, comem milho, ciscam o chão, botam ovos e finalmente viram canja: nada se perde, utilidade total...”

“Mas você não é galinha”, ele disse. “É uma águia”.

“De jeito nenhum. Águia voa alto. Eu nem sequer voar sei. Pra dizer a verdade, nem quero. A altura me dá vertigens. É mais seguro ir andando, passo a passo...”

E não houve argumento que mudasse a cabeça da águia esquecida. Até que o homem, não agüentando mais ver aquela coisa triste, uma águia transformada em galinha, agarrou a águia a força, e a levou até o alto de uma montanha.

A pobre águia começou a cacarejar de terror, mas o homem não teve compaixão; jogou-a no vazio do abismo. Foi então que o pavor, misturado a memórias que ainda moravam em seu corpo, fez as asas baterem, a principio em pânico, mas pouco a pouco com tranqüila dignidade, até se abrirem confiantes, reconhecendo aquele espaço imenso que lhe fora roubado. E ela finalmente compreendeu que seu nome não era galinha, mas águia...
Abraços
Luciano Petry